A unidade fabril da Siemens Gamesa em Sosa, no concelho de Vagos, comunicou ontem aos trabalhadores o início de um processo de despedimento coletivo que afeta mais de 200 pessoas. A medida, inesperada para muitos, apanhou de surpresa funcionários com 2, 5, 10 e até 15 anos de casa, segundo uma fonte não identificada que falou ao Diário de Aveiro.
Embora as condições propostas pela empresa estejam, segundo a mesma fonte, acima do que é exigido por lei, o sentimento generalizado entre os trabalhadores é de insatisfação. “A maioria queria, acima de tudo, manter o posto de trabalho”, afirmou, refletindo a apreensão de quem vê a sua estabilidade profissional ameaçada.
O processo de despedimento coletivo insere-se numa estratégia de reestruturação global da Siemens Gamesa, que já havia anunciado cortes significativos no setor eólico devido a desafios financeiros e operacionais. Apesar disso, o encerramento desta unidade fabril específica e o impacto direto nas famílias locais levantam questões sobre as consequências sociais e económicas para a região.
Até ao momento, não houve declarações oficiais por parte da administração da empresa sobre o impacto local ou possíveis medidas de apoio aos trabalhadores dispensados. O caso deverá atrair atenção política e sindical nos próximos dias, com apelos a soluções que minimizem os danos causados por esta decisão.
Foto: Notícias de Aveiro
