O projeto CompostaMe – Valorização de Resíduos Orgânicos, cresceu praticamente para o dobro em dois anos de atividade, com as ilhas de compostagem, distribuídas por todo o concelho da Mealhada, a serem reforçadas para acompanharem a crescente separação e recolha de biorresíduos.
O concelho da Mealhada tem atualmente 55 módulos a funcionar em 18 ilhas de compostagem por todo o concelho, numa altura em que se reequaciona um novo reforço, nomeadamente nas freguesias da Mealhada e do Luso.

As ilhas de compostagem, que transformam os resíduos orgânicos em composto de qualidade para a agricultura, estão a ser reforçadas onde há mais adesão da população, com o objetivo de melhorar a capacidade de compostagem e promover ainda mais a participação da comunidade.
António Jorge Franco, presidente da Câmara da Mealhada, acompanhado pelo presidente da Junta de Freguesias de Pampilhosa, Mário Gaspar, visitou algumas ilhas de compostagem, entre elas a do Alto de Santo António, para aferir da qualidade do processo e para entregar composto a proprietários de pequenas hortas naquela freguesia.
Satisfeito com os avanços do projeto, António Jorge Franco recorda que só em 2024 o CompostaME retirou do aterro sanitário cerca de 22 toneladas de resíduos, que foram valorizados através do processo de compostagem.
“A diminuição dos custos de tratamento, a produção de composto de qualidade e o fomento de práticas mais ecológicas são as grandes vantagens do projeto”, destacou, apontando que “os resultados estão a ser muito significativos, com uma adesão expressiva da população”, incluindo escolas e instituições locais, que já utilizam o composto gerado como fertilizante orgânico.
Cristina Geraldo reside na Pampilhosa e tem uma pequena horta na urbanização do Alto de Santo António, onde produz morangos, ervilhas, alfaces e ervas aromáticas. Tem sido uma das beneficiárias do fertilizante natural produzido na ilha de compostagem perto de sua casa e não tem dúvidas de que este “é um excelente projeto, que nos permite produzir de forma mais biológica possível, sendo um processo amigo do ambiente em toda a sua extensão”.
Também agradada pelo projeto, Ana Martins, que cuida de uma pequena horta para ervas aromáticas, morangos, tomates e alfaces, sublinha que “é uma excelente iniciativa para imprimir a mudança de comportamentos quanto à proteção do ambiente. Ainda bem que está a crescer e a mudar mentalidades um pouco por todo ao lado”, destacou.

Mário Gaspar, presidente da Junta de Freguesia da Pampilhosa, está satisfeito com a adesão da população à compostagem comunitária, que vê como “um projeto que, entre outros, nos remete para um maior respeito para com o nosso meio ambiente”. “A disponibilidade e a consciência da população para estas questões está a crescer e por isso pedimos à Câmara que reforçasse as ilhas de compostagem, o que prontamente acabou por fazer no Alto de Santo António, no Mercado e no Centro Escolar”.
O projeto CompostaMe, implementado no Município da Mealhada em 2023 e financiado pelo Fundo Ambiental, representa um investimento de aproximadamente 67 mil euros e visa reduzir o volume de resíduos enviados para aterro, além de fomentar a economia circular.