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Mil cidadãos estrangeiros registados na mesma morada levantam alertas sobre exploração humana

As autoridades portuguesas estão a investigar a presença de mais de mil cidadãos estrangeiros registados na mesma morada, uma situação que pode indicar crimes associados à imigração ilegal, exploração laboral ou tráfico de pessoas.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, admitiu que o Governo poderá rever as regras de regularização de imigrantes e garantiu que as autoridades estão a atuar sempre que há sinais de situações desumanas. “Se é verdade que o número em si não é ilegal, algumas dessas acumulações podem ser sinais de exploração humana”, afirmou.

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) já comunicou os casos às entidades judiciais e está a verificar exaustivamente todas as moradas declaradas nos processos de regularização.

Nos últimos meses, o Governo tem procurado resolver os milhares de processos pendentes de imigração, acumulados sobretudo entre 2022 e 2023. A regularização de imigrantes sem visto de trabalho através da manifestação de interesse foi descontinuada, e muitas notificações de rejeição têm sido enviadas.

O ministro da Presidência anunciou ainda que, em abril, será feito um ponto de situação sobre o estado dos processos, elogiando o esforço das entidades públicas e das associações que prestam apoio aos migrantes.

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