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Auditório Municipal de Cantanhede vai nascer no Parque Expo-Desportivo de S.Mateus

O Executivo Municipal deu a conhecer na última reunião camarária, a 19 de março, o projeto de arquitetura do futuro Auditório Municipal de Cantanhede, que vai nascer no Parque Expo-Desportivo de S. Mateus. Com capacidade para cerca de 500 pessoas,
este equipamento cultural terá outras valências importantes além da sala de espetáculos, designadamente uma sala de exposições, um bar concerto e estúdios de áudio e imagem, entre outras.


“Trata-se de um imóvel concebido para desempenhar uma função-chave na dinamização da oferta cultural do concelho e da região, mas também como espaço privilegiado para ações formativas e empresariais”, explicou a presidente da Câmara Municipal, Helena Teodósio, reconhecendo que “faz falta a Cantanhede um grande auditório”.


A obra terá um carácter estruturante para o processo de expansão da cidade, não só por aquilo que virá a representar ao nível da revitalização dessa zona urbana, mas também porque foi pensada para ser o alicerce de uma nova cidade, mais inclusiva e
concebida para garantir que todas as pessoas desfrutam de um espaço urbano de qualidade e ambientalmente diversificado e sustentável.


De acordo com a memória descritiva do projeto, o novo auditório “pretende ser um exemplo na integração urbana e de sustentabilidade ambiental”, funcionando como “elemento agregador e complementar” das atividades e eventos realizados pelas diversas entidades nos equipamentos existentes em seu redor.


Para o efeito, a Divisão de Estudos e Projetos da Câmara Municipal de Cantanhede teve em consideração o enquadramento urbanístico do edifício, “de modo a minimizar a volumetria da construção e a dar continuidade ao parque verde da cidade que se encontra do outro lado da rua”.


Assim, o edifício afasta-se da rua e é servido por uma praça sobre a qual “nasce” uma escadaria que dá acesso à entrada principal, e na sua envolvente surge um parque verde de fruição pública, ladeado por uma bolsa de estacionamento estrategicamente localizada de modo a servir o edifício em dias de espetáculos, assim como toda a população que se desloca à cidade, uma vez que se encontra numa zona bastante central e próxima dos principais serviços e comércios.


De resto, a envolvente ao edifício assume uma grande importância devido ao facto de o auditório ter o palco que permite ser usado para espetáculos com fruição pelo exterior, com uma capacidade para acolher até cinco mil pessoas.

Assim, o parque verde adjacente ao palco funciona como uma sala de espetáculos ao ar livre, com um pequeno declive que funciona como anfiteatro natural, passeios, praças, zonas relvadas e zonas de sombra. Apesar de ser espaço de fruição pública, esta área de espetáculos ao ar livre permite, em dias de eventos, e caso se entenda, encerrar o parque de modo a condicionar o acesso de pessoas e viaturas.


Já o auditório é o espaço central e dinamizador de todo o edifício, cuja entrada principal é marcada por um grande pórtico envidraçado, que funciona como uma janela gigante sobre o parque verde para quem está no interior, enquanto que para quem está no exterior, é percetível toda a dinâmica que acontece nos foyers, quase como um elemento cénico.

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