A Câmara Municipal de Lisboa (CML) encontra-se no centro de uma polémica após o anúncio do abate de 25 jacarandás na Avenida 5 de Outubro, no âmbito de um projeto urbanístico para a zona de Entrecampos. A decisão gerou uma onda de protestos, com uma petição a recolher mais de 30 mil assinaturas contra o abate das árvores.
Projeto Urbanístico e o Abate de Jacarandás:
O projeto em questão prevê a construção de um parque de estacionamento subterrâneo, o que implica o abate de 25 dos 75 jacarandás existentes no local. A CML justifica a decisão com o mau estado de conservação de algumas das árvores e com a necessidade de requalificar a zona, que se encontra abandonada há 30 anos.
Resposta da Câmara Municipal:
Perante a crescente contestação, a CML anunciou a realização de duas apresentações públicas para “clarificar o projeto” e responder às preocupações dos cidadãos. A vereadora do Urbanismo, Joana Almeida, e a diretora municipal dos Espaços Verdes, Catarina Freitas, defenderam a decisão, salientando que o projeto prevê a replantação de 39 novos jacarandás e 49 outras árvores, aumentando o número total de árvores no local.
Compensação e Mitigação:
A CML argumenta que o abate dos jacarandás é uma medida necessária para viabilizar o projeto, que foi aprovado com o voto favorável do PS, principal partido da oposição. A autarquia comprometeu-se a compensar o abate com a plantação de novas árvores e com a melhoria dos espaços verdes da zona.
Protestos e Petição:
Apesar das explicações da CML, a polémica persiste. A vereadora do Bloco de Esquerda, Beatriz Gomes Dias, considera o abate dos jacarandás “inaceitável” e exige a revisão do projeto. A petição contra o abate das árvores continua a recolher assinaturas, demonstrando a forte oposição da população à medida.