O Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária (PJ), em parceria com a Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo e a Diretoria do Norte, vai realizar a 27 de março um encontro subordinado ao tema da falsificação de obras de arte, que abordará este fenómeno na ótica da investigação criminal, bem como as motivações e perfis de falsificadores, entre outros temas.
O foco deste evento incidirá, sobretudo, no papel que a PJ vem desenvolvendo no âmbito deste tipo de crime, que, segundo alguns estudos, o colocam num lugar de destaque em termos da economia paralela.
Serão efetuadas comunicações em que a falsificação da obra de arte é analisada sob diferentes perspetivas, propondo-se uma abordagem multidisciplinar sobre este fenómeno, procurando abranger diferentes dimensões: conjuntura económica e valor de mercado, motivações e perfis de falsificadores, cadeia produtiva e intervenientes, investigação criminal, averiguação de autenticidade, opinião de especialistas e perícias forenses, e contributos do conhecimento técnico-científico na produção de prova pericial.
Além do envolvimento dos intervenientes internos (Investigação Criminal e Laboratório de Polícia Científica), o evento conta com contributos de entidades externas que têm cooperado em investigações levadas a cabo pela PJ, com as quais o LPC tem mantido parcerias e/ou protocolos.
Durante a conferência, será ainda criado um espaço expositivo de obras de arte pictóricas, onde estarão expostas obras autênticas e falsas, atribuídas a pintores conhecidos do público em geral.
Os participantes serão convidados a “olhar” as obras de arte sob o ângulo do perito forense de escrita manual e que, mediante uma análise às assinaturas que constam nas obras expostas, formulem a sua opinião quanto à autenticidade, ou não, das mesmas.