Terminou na passada sexta-feira, 11 de abril, o prazo para apresentação de propostas no âmbito do “Concurso de Conceção para a Realização e Implantação de Obra de Arte Escultórica em Espaço Definido pelo Município, em Vale de Ílhavo, sobre o Tema: Cardadores”. O ato público de abertura das propostas teve lugar hoje, dia 15 de abril, às 14h, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Ílhavo.
Este concurso de ideias, aberto a pessoas singulares e coletivas e realizado em regime de anonimato, obedece a seis critérios de avaliação: qualidade da proposta; coerência e adequação à paisagem urbana; grau de conexão com a temática dos Cardadores e a valorização da identidade comunitária; viabilidade económica, sustentabilidade, viabilidade técnica/exequibilidade, perenidade e custos de manutenção; inovação, criatividade, originalidade conceptual, clareza visual e estética; custo e prazo de execução.
A obra será instalada junto à sede da Associação “Os Cardadores de Vale de Ílhavo”. O valor máximo previsto para a adjudicação da execução e implementação da obra, por ajuste direto, é de 40.650,00 euros (acrescidos de IVA).
O projeto vencedor será premiado com 5.000,00 euros, sendo atribuído ao segundo classificado o valor de 2.500,00 euros. Poderão ainda ser concedidas menções honrosas, de carácter não pecuniário, a propostas que se destaquem pela sua originalidade. O júri reserva-se o direito de não atribuir prémios, caso considere que a qualidade das propostas apresentadas não o justifique.
O júri do concurso é constituído por João Campolargo, presidente da Câmara Municipal de Ílhavo; Gonçalo Gomes, representante do Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro; Paulo Lousinha, vencedor da 1.ª Edição do Prémio Municipal de Arquitetura – António Sarrico; José Miguel Estrela, engenheiro civil em representação da Ordem dos Engenheiros e da Delegação Distrital de Aveiro; e João Pinho, presidente de direção de “Os Cardadores de Vale de Ílhavo – Associação Cultural e Recreativa”.
De origem perdida no tempo, os Cardadores são um grupo secreto exclusivamente masculino, que sai à rua no Carnaval, envergando uma máscara imponente, feita de cotim, pele de carneiro, cortiça, bigodes de vaca ou de boi, duas asas e fitas coloridas – tudo isto perfumado com “Tabu”.
Além da máscara, usam roupa interior de mulher – uma combinação – um lenço de tricana, meias até ao joelho e um cinto com sinos. Utilizam cardas – objetos tradicionalmente utilizado para a tecelagem de lã – para “cardar as raparigas”, entre saltos, corridas e urros.