Uma tragédia aérea abalou a Índia esta quinta-feira, 12 de junho, com a queda de um avião Boeing 787-8 Dreamliner da Air India na cidade de Ahmedabad, no oeste do país, poucos segundos após a descolagem. A bordo seguiam 242 pessoas – 232 passageiros e 10 tripulantes –, entre os quais 53 britânicos, sete portugueses, um canadiano e 169 indianos. As autoridades locais confirmaram que não há sobreviventes.
A aeronave tinha como destino o aeroporto de Gatwick, em Londres, e emitiu um alerta de emergência “Mayday” logo após a descolagem. Perdeu, de seguida, o contacto com a torre de controlo, acabando por embater sobre um alojamento de médicos, localizado numa zona residencial próxima do aeroporto.
De acordo com fontes policiais citadas pela Reuters, mais de 100 corpos foram transportados para um hospital em Ahmedabad. Equipas de emergência retiraram pelo menos 30 corpos do edifício atingido. Há também registo de 25 feridos, embora não esteja claro se são habitantes da zona ou ocupantes do avião.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, classificou o desastre como uma “tragédia que nos deixa atónitos e entristecidos”, enquanto o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e o rei Carlos III expressaram pesar pelas vítimas. O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido também se declarou “profundamente triste” com o acidente.
Ainda não são conhecidas as causas da queda. O controlo de tráfego aéreo local confirmou que a comunicação com a aeronave foi perdida quando esta voava a cerca de 190 metros de altitude. A Air India garantiu que está a colaborar com as autoridades nas investigações.
Testemunhas relataram cenas de caos, destruição e corpos espalhados no local. Vídeos partilhados nas redes sociais mostram destroços em chamas e uma espessa nuvem de fumo negro a erguer-se nos céus da cidade.
Todas as operações no aeroporto de Ahmedabad foram temporariamente suspensas. As autoridades continuam no local a realizar buscas e a prestar assistência às vítimas e familiares.