Açores Detetam Caso de Mpox em Não Residente e Monitorizam Contactos

0
110

Os Açores detetaram um caso de infeção pelo vírus Monkeypox (mpox) numa pessoa não residente na região. As autoridades de saúde açorianas estão a monitorizar os contactos próximos para prevenir a disseminação do vírus, conforme revelou hoje o diretor regional da Saúde, Pedro Paes.

Pedro Paes confirmou à agência Lusa a notícia avançada pela Antena 1/Açores, assegurando que foram encetados “todos os devidos procedimentos de vigilância e investigação epidemiológica com os contactos próximos” e que “foram despoletadas todas as ações necessárias”.

O utente, que não residia nos Açores, “já teria contraído a doença quando chegou” à região e “já a abandonou”, segundo o diretor regional. Quando procurou os serviços de saúde, já se encontrava “numa fase final da doença, com risco controlado”. Pedro Paes sublinhou que a resposta foi “pronta” e que o caso foi “controlado”, mantendo-se a “necessária vigilância epidemiológica”.

A monitorização dos contactos próximos continua, e até ao momento não foram confirmados novos casos de contágio nos Açores.

A direção regional da Saúde tem divulgado nas suas redes sociais informações sobre as condições de elegibilidade para a vacinação contra a mpox. Pedro Paes adiantou que os grupos de risco, nomeadamente “pessoas envolvidas em atividades sexuais não protegidas, com múltiplos parceiros”, podem “contactar os serviços de saúde do hospital ou unidade de saúde” para se vacinarem.

Questionado sobre a adesão à vacinação, o diretor regional não dispõe dos dados, mas garantiu a existência de “vacinas disponíveis para serem administradas aos utentes que assim o desejem”.

Pedro Paes enfatizou que a prevenção desta infeção “tem muito a ver com os comportamentos”, alertando para o “maior risco de contração desta doença em atividades de cariz sexual não protegidas”. O apelo é para que, caso se detete “alguma situação fora do comum — estamos a falar do aparecimento de uma erupção cutânea, borbulhas, digamos assim, de forma súbita, não esperada, devem recorrer ao médico assistente”.

O primeiro caso de infeção pelo vírus Monkeypox nos Açores ocorreu em agosto de 2022, também num utente que era turista. A mpox, causada por um vírus da mesma família da varíola, manifesta-se principalmente com febre alta e o aparecimento de lesões na pele conhecidas como vesículas. Identificada pela primeira vez na República Democrática do Congo em 1970, a doença esteve por muito tempo confinada a cerca de dez países africanos, tendo o clado 2 se espalhado pelo mundo em maio de 2022.