As eleições autárquicas de 12 de outubro de 2025 vão trazer mudanças obrigatórias em várias câmaras municipais do país, e os distritos de Aveiro e Coimbra somam, no total, 12 presidentes de câmara impedidos de se recandidatar, por terem atingido o limite legal de três mandatos consecutivos.
A legislação autárquica portuguesa não permite que um presidente de câmara exerça mais de três mandatos seguidos no mesmo município. Com base nesta regra, seis concelhos de cada distrito terão, inevitavelmente, novos rostos à frente dos destinos locais a partir de outubro.
Distrito de Aveiro: seis saídas obrigatórias
No distrito de Aveiro, os municípios com mudança garantida de liderança são:
- Aveiro – Ribau Esteves (PSD)
- Estarreja – Diamantino Sabina (PSD)
- Murtosa – Joaquim Batista (PSD)
- Albergaria-a-Velha – António Loureiro (CDS-PP)
- Vale de Cambra – José Pinheiro (CDS-PP)
- Anadia – Maria Teresa Cardoso (Movimento Independente)
Estes seis autarcas terminam agora o terceiro mandato consecutivo e, por força da lei, não poderão apresentar-se a votos. Com destaque para Aveiro, liderado por Ribau Esteves desde 2013, e Estarreja, onde Diamantino Sabina também cumpre um longo ciclo, antecipa-se uma renovação política significativa no mapa autárquico do distrito.
Distrito de Coimbra: seis presidentes em fim de ciclo
Também no distrito de Coimbra seis câmaras terão novos presidentes, todos do Partido Socialista:
- Vila Nova de Poiares
- Condeixa-a-Nova
- Lousã
- Miranda do Corvo
- Montemor-o-Velho
- Soure
O caso de Vila Nova de Poiares ganha especial destaque, pela forte ligação do atual presidente ao concelho ao longo dos últimos doze anos. A sucessão será acompanhada de perto, dado o peso político e simbólico desta autarquia na região.
Um novo ciclo político local
Nos 12 concelhos agora referidos, o processo eleitoral assume contornos particularmente relevantes. Com autarcas impedidos de recandidatura, abrem-se oportunidades para renovação interna nos partidos, surgimento de novos protagonistas ou até mudanças de cor política.
No contexto nacional, são 89 os presidentes de câmara impedidos de se recandidatar, 49 dos quais do PS, 21 do PSD ou coligações lideradas pelos sociais-democratas, 12 da CDU, 3 do CDS-PP e 4 independentes. Os distritos de Aveiro e Coimbra estão entre os mais afetados por esta renovação forçada.
Com o início do período oficial de candidaturas a aproximar-se, a sucessão nestes 12 concelhos será decisiva para o futuro político da região Centro.