A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águeda assinalou este sábado, 13 de dezembro, o seu 91.º aniversário, numa cerimónia marcada pelo reforço significativo da capacidade operacional da corporação, com o batismo de seis novas viaturas, e por vários momentos de homenagem, reconhecimento e memória.
As comemorações tiveram início durante a manhã, com o hastear das bandeiras e a celebração de uma missa no Salão Nobre da associação. Ao longo da tarde, a formatura geral, a receção às entidades oficiais e a bênção das novas viaturas deram destaque a um dos momentos mais relevantes da história recente da corporação.
À margem da cerimónia, o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Águeda, Manuel São Bento, sublinhou o papel absolutamente indispensável dos bombeiros na sociedade. “Toda a gente sabe, mesmo no subconsciente, que quando acontece uma fatalidade basta ligar o 112 e os bombeiros vão acudir. São uma das associações mais importantes do país e indispensáveis em qualquer circunstância”, afirmou.
O dirigente explicou ainda que as novas viaturas agora integradas na frota destinam-se sobretudo à resposta rápida a pequenas ocorrências, nomeadamente incêndios iniciais em zonas rurais. “São equipamentos ultra modernos, capazes de circular em qualquer tipo de terreno, operados por pessoal bem preparado, o que nos permite uma resposta rápida e eficaz. Com estes meios, estamos ao nível das corporações mais bem equipadas do país”, garantiu.
Também o comandante dos Bombeiros Voluntários de Águeda, Francisco Santos, destacou o simbolismo da data e o crescimento sustentado da corporação ao longo dos últimos anos. “Hoje é um dia de festa e de memória de todos os que passaram por esta casa ao longo de 91 anos. Este desfile é imponente e reflete bem o crescimento da corporação, muito apoiado pela Câmara Municipal, que tem sido um parceiro exemplar”, afirmou, assegurando que, com as novas viaturas, os bombeiros de Águeda estão “entre os mais bem equipados do país”.
O comandante salientou ainda que, apesar do investimento em equipamentos, o maior desafio futuro passa pelos recursos humanos. “Temos contrariado a tendência nacional de diminuição do voluntariado, mas captar novos bombeiros é cada vez mais difícil. Hoje, os recursos humanos são o grande desafio das corporações”, alertou.
Durante a cerimónia, o presidente da Câmara Municipal de Águeda, Jorge Almeida, foi distinguido com o crachá de reconhecimento pela Liga dos Bombeiros Portugueses, uma homenagem que disse receber com honra e sentido de responsabilidade. “Os bombeiros são um exemplo de cidadania e comprometimento com os outros. Nunca deixei de me sentir bombeiro e tudo o que faço é sem esperar qualquer reconhecimento. Continuarei sempre a defender o papel dos bombeiros na nossa sociedade”, garantiu.
O autarca destacou ainda o envolvimento financeiro e institucional do município no reforço dos meios da corporação, quer através do aproveitamento de fundos comunitários, quer pelo contributo nacional assegurado pela autarquia. “O papel da Câmara foi decisivo para a aquisição de equipamentos de altíssima capacidade, nomeadamente duas viaturas pesadas que fazem toda a diferença”, frisou.
Já o presidente da Assembleia Municipal de Águeda, Filipe Almeida, realçou o esforço conjunto que permitiu a aquisição das seis viaturas, envolvendo a Câmara Municipal, fundos comunitários do Compete 2030, o tecido empresarial local e os próprios sócios da associação. “A Assembleia Municipal está sempre disponível para aprovar propostas que reforcem os bombeiros e promovam o bem-estar das populações. Hoje, esta corporação está bem dotada de meios, que esperamos que sejam usados o menos possível”, concluiu.
As comemorações terminaram com o desfile apeado e motorizado, as honras aos bombeiros falecidos junto ao Monumento ao Bombeiro, a entrega de brinquedos aos filhos dos bombeiros e o tradicional jantar de Natal, encerrando um dia de celebração marcado pelo reconhecimento do passado, pela valorização do presente e pelo reforço da capacidade de resposta ao serviço da comunidade aguedense.
