Subida acentuada nos combustíveis: gasóleo e gasolina aumentam 4,5 cêntimos por litro já na próxima semana

Os preços dos combustíveis vão registar uma nova subida a partir da próxima semana, com o gasóleo — o combustível mais utilizado em Portugal — a ser o mais penalizado. Segundo as previsões do setor energético, o gasóleo simples deverá aumentar 4,5 cêntimos por litro, enquanto a gasolina simples 95 registará uma subida idêntica de 4,5 cêntimos.

Com esta atualização, o preço médio por litro deverá fixar-se em 1,587 euros para o gasóleo e 1,706 euros para a gasolina, valores que podem, contudo, variar consoante as marcas e os postos de abastecimento.

Esta nova escalada nos preços acompanha a evolução das cotações internacionais do petróleo e dos produtos refinados, que têm vindo a aumentar nas últimas semanas. As flutuações cambiais e os custos associados ao transporte e à refinação são também fatores que influenciam o preço final pago pelos consumidores.

Apesar de o mercado nacional refletir apenas parte das variações internacionais, o impacto nas carteiras dos portugueses será novamente sentido já a partir de segunda-feira, 3 de novembro, quando as principais gasolineiras atualizarem os preços nas bombas.

Especialistas alertam que, perante esta tendência, quem pretenda abastecer deve fazê-lo antes do final do fim de semana, aproveitando os valores ainda em vigor. Recorde-se que, desde o início do outono, o gasóleo tem registado várias semanas de aumentos consecutivos, anulando praticamente as descidas observadas no verão.

O preço dos combustíveis em Portugal continua a ser um dos mais altos da Europa, refletindo não apenas o custo da matéria-prima, mas também a carga fiscal que incide sobre cada litro vendido, composta pelo Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP) e pelo IVA, que representam uma parte substancial do preço final.

Com mais esta atualização, o custo de encher um depósito de 50 litros poderá aumentar mais de dois euros, consolidando uma tendência de subida que, segundo os analistas, poderá manter-se enquanto persistirem as tensões no mercado energético internacional.

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